A semana de 10 a 16 de janeiro foi marcada por dias extremamente quentes, secos e de alta radiação solar em todo o Rio Grande do Sul. As condições climáticas agravaram as dificuldades no desenvolvimento da soja. Em algumas lavouras há morte de plantas ainda na fase inicial do cultivo.
De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (20) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a situação foi atenuada pela presença de precipitações de volumes variados. Os cultivos avançam no ciclo, com 30% em floração, 7% em enchimento de grãos e 63% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo. O plantio atinge 97% da área total estimada para o Rio Grande do Sul.
A condição de tempo seco acelerou o processo de maturação e secagem dos grãos, fazendo avançar o percentual da área colhida de milho para 27% na média estadual. Os resultados obtidos são variáveis, dependendo do sistema de cultivo (irrigado ou sequeiro), e da maior ou menor incidência da estiagem durante o ciclo da cultura. Outros 25% estão em fase de maturação, 26% em enchimento de grãos, 8% em floração e 14% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Assim como a soja, o plantio ainda não foi concluído e falta 4% da área total estimada no estado.
Os menores rendimentos são obtidos em lavouras de milho não irrigadas cultivadas ao Norte, no Centro e no Oeste do Rio Grande do Sul. Parte dos produtores optou por não colher grãos, em função do custo da operação e da baixa qualidade do produto obtido: poucas espigas malformadas e grãos com tamanho reduzido. Essas lavouras são destinadas ou à confecção de silagem de planta inteira ou ao pastejo direto.