Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira, 5, com preços em forte alta, pouco abaixo das máximas do dia. Os níveis desta terça são os maiores em mais de seis anos e meio, mesmo com a redução dos ganhos na parte final da sessão.
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Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 34 centavos de dólar por libra-peso ou 2,58% a US$ 13,47 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,46 por bushel, com perda de 35 centavos ou 2,66%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo subiu US$ 8,10 ou 1,91% a US$ 431,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 43,60 centavos de dólar, alta de 1,47 centavo ou 3,48%.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, uma série de fatores contribuiu para a disparada dos preços, resultado da forte presença de fundos e especuladores na ponta vendedora. A preocupação com o clima na América do Sul foi o gatilho para as altas, que persistiram desde o início da sessão.
O clima seco no Brasil e na Argentina deve atrasar a colheita e a entrada da safra sul-americana no mercado. Além disso, a estiagem pode determinar a redução no potencial produtivo, apertando ainda mais os estoques globais da oleaginosa.
Com isso, a demanda pela soja americana por parte da China deve continuar firme no curto prazo. O dólar em baixa frente a outras moedas dá mais competitividade para o produto americano.
Completando o cenário favorável às cotações, o petróleo subiu mais de 5% no dia, carregando as commodities agrícolas. O bom desempenho do petróleo foi o pretexto que os fundos precisavam para carregar ainda mais nas compras.
Os agentes começam também a se posicionar frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12. O sentimento é de um aperto ainda maior nas previsões para os estoques de passagem, tanto dos Estados Unidos como mundiais.