Após dois cortes consecutivos, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima a projeção para a safra 2020/2021 de soja. Em janeiro, a entidade havia estimado produção de 133,6 milhões de toneladas. No relatório desta quinta-feira, 11, subiu para 133,8 milhões de toneladas, pequeno incremento de 200 mil toneladas ou 0,15%. Quando comparado ao ciclo anterior, o incremento é de 7,2%.
A perspectiva mais positiva se deve, segundo a companhia, à melhora nas condições climáticas. “A partir de dezembro e durante janeiro houve a ocorrência de precipitações mais volumosas, propiciando condições mais adequadas para o encerramento do plantio nas diversas regiões, bem como a normalização no desenvolvimento das lavouras”, diz.
Além disso, a expectativa é de continuidade no crescimento da área plantada com a oleaginosa, estimado em 3,6% em relação à temporada anterior, chegando a 38,3 milhões de hectares.
Soja pelo Brasil
Entre as regiões, a única a registrar diminuição na produção de soja neste ano em relação ao ciclo anterior é o Centro-Oeste, por conta de uma diminuição em Mato Grosso. De acordo com a Conab, as lavouras da região devem render 60,641 milhões de toneladas, contra 60,697 milhões de toneladas no ano anterior.
O maior crescimento percentual quando comparado ao ano anterior se dará no Sul, que deve avançar 22%, chegando a 43,068 milhões de toneladas. No ano-safra anterior, a produção chegou a 35,294 milhões de toneladas. O forte avanço é puxado pela recuperação do Rio Grande do Sul (+75%), que sofreu com a seca na temporada 2019/2020 e registrou quebra acima de 40%. A retomada gaúcha deve, inclusive, compensar uma queda de 5,2% no Paraná, em decorrência da estiagem neste ano.
O Sudeste também apresenta bom crescimento, de 8,7%. A Conab projeta que São Paulo e Minas Gerais devem produzir cerca de 11 milhões de toneladas de soja, contra 10,131 milhões no ciclo passado.
As regiões Norte e Nordeste devem crescer cerca de 2% cada, chegando a 7,004 milhões de toneladas e 12,057 milhões de toneladas, respectivamente.