Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, 30, com preços em forte alta. Ao indicar estoques trimestrais norte-americanos em 1º de setembro abaixo do esperado, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) impulsionou os contratos.
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Os estoques totalizaram 523 milhões de bushels. O volume estocado recuou 42% na comparação com igual período de 2019. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 575 milhões de bushels.
O corte na comparação com os estoques em 1º de junho foi de 863 milhões de bushels, confirmando a forte demanda chinesa por parte da oleaginosa americana no período. Hoje, por exemplo, foi anunciada mais uma venda de 215 mil toneladas por parte dos exportadores privados para destinos não revelados.
A alta de desta quarta impulsionou ainda mais os contratos de novembro que encerraram setembro acumulando alta de 7,49%. No trimestre, a valorização foi de 15,37%. A forte demanda fez Chicago disparar, com novembro atingindo a máxima de US$ 10,43 por bushel no fechamento do dia 18, o maior patamar em mais de dois anos no gráfico contínuo.
A partir daí, o mercado realizou lucros, com o início da colheita nos Estados Unidos em forte ritmo e as preocupações com a economia mundial orientando os fundos a se desfazer de posições. Mas esse movimento foi encerrado na última sessão do mês, após o corte nos estoques anunciado pelo USDA.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 30,50 centavos ou 3,07% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10,23 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,27 por bushel, com ganho de 30,25 centavos ou 3,03%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 10,90 ou 3,28% a US$ 342,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,13 centavos de dólar, alta de 0,44 centavo ou 1,34%.