O último levantamento de custos de produção da soja transgênica em Mato Grosso foi divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Como vem acontecendo em todo o país, a alta impressiona.
Ao comparar dezembro de 2021 com a estimativa de aumento para o mesmo período de 2022, o incremento é de 42,4% (sem incluir custo de oportunidade de terra, capital circulante, máquinas e implementos e benfeitorias), partindo de R$ 4.357,16 para R$ 6.208,11 por hectare. E o vilão dessa conta, você, amigo sojicultor, já deve imaginar.
Sim, são os fertilizantes, com elevadíssimo incremento médio de 99,2% (de R$ 1.141,09 para R$ 2.274,01 por hectare). Esse número inclui os corretivos de solo e os micronutrientes, mas serão os macronutrientes que mais pesarão no bolso: de R$ 1.028,96 para R$ 2.125,99 por hectare, ou seja, 106,6% mais caros.
Ao contrário do que vinha acontecendo no ano passado, o arrendamento de terra não demonstrou alta significativa, sinalizado em R$ 288,73 por hectare, alta de 2,4% frente aos R$ 281,79 que eram cobrados em dezembro de 2021.
Colheita 21/22
A colheita da safra de soja 2021/22 do Brasil está em 1,7% da área total esperada até a última sexta-feira (14). A estimativa parte de levantamento da consultoria Safras & Mercado.
Os trabalhos estão adiantados em relação ao ano passado, que não tinha registro de colheita até então, mas abaixo da média normal para o período, que é de 1,9%.
Os estados mais adiantados até o momento são Mato Grosso e o Paraná, ambos com 4% da área colhida. Segundo o Imea, os custos com a colheita no estado líder em produção do grão terão alta de 25% no estado no comparativo dezembro 2021 com o mesmo período de 2022.