A chuva é constante na região Sul. Apenas no município de Ijuí, no Rio Grande do Sul, o volume atingiu 95 mm em poucas horas. O mês passado, setembro, por exemplo, registrou apenas seis dias de tempo seco nos três estados. O problema é que a falta de luminosidade também atrapalha o desenvolvimento da safra, podendo levar à necessidade de reinstalação da oleaginosa.
No fim de semana, a chuva ainda não vai cessar na região. A água cai com força desde o nordeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, Paraná e se espalha por áreas do Sudeste, Centro-Oeste e chega ao Norte, em especial em Rondônia, sul do Amazonas e Acre.
Com exceção do nordeste gaúcho, uma massa de ar de origem polar invade o estado e proporciona tempo aberto, mas com queda de temperaturas e riscos de geada nos pontos mais altos do Rio Grande do Sul. Esse frio tardio é causado pelos efeitos do fenômeno climático La Niña.
Volumes de chuva
De sábado, 16, à quarta-feira, 20, estão previstos 70 mm de chuva no Paraná, paralisando temporariamente as atividades de plantio da safra 21/22.
Em Minas Gerais, são previstas precipitações de 50 mm. No Centro-Oeste, o volume esperado para o período é de até 70 mm. Por lá, o excesso de água em alguns pontos provocou rajadas de vento, destelhando casas e danificando silos de armazenamento.
Já de 21 a 25 de outubro, a chuva continua no Brasil central, incluindo o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com 50 mm. Ao mesmo tempo, a chuva dá uma trégua no Rio Grande do Sul, beneficiando a continuidade dos trabalhos em campo.
Mais para a frente, de 26 a 30 de outubro, a chuva continua no Centro-Oeste, com volumes de 30 mm, voltando, também, para a região Sul em volumes menores. Porém, prevê-se que o La Niña provoque estiagem no Rio Grande do Sul, santa Catarina e Paraná entre dezembro e janeiro.