As principais áreas produtoras de soja do interior do Brasil tiveram pancadas de chuva no final de setembro, o que contribuiu para o aumento da umidade do solo.
Porém, na região Sul aconteceu o inverso. O excesso de água das últimas semanas fez parar os trabalhos em campo. Entretanto, o começo de outubro deve beneficiar Rio Grande do Sul e Santa Catarina (estado onde ocorreu a Abertura Nacional do Plantio de Soja – Safra 2021/22), já que a previsão é de que a chuva pare de cair um pouco por lá, possibilitando a continuidade da semeadura.
Em contrapartida, norte do Paraná, Sudeste, Centro-Oeste, áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ainda têm o solo com pouca umidade para o plantio de soja. No entanto, é no decorrer deste décimo mês do ano que a chuva deve voltar a essas regiões de forma mais consolidada.
Ao longo de outubro, o clássico corredor de umidade vai se formar entre a costa do Sudeste e a região Norte do Brasil. O acumulado de chuva chegará perto dos 200 mm entre algumas áreas de São Paulo, Triângulo Mineiro, alguns pontos de Goiás e, principalmente, no noroeste de Mato Grosso. O mesmo ocorre no Amazonas, Pará e norte de Rondônia.
No decorrer de toda primavera, a chuva deverá ficar acima da média histórica na faixa que vai do Rio de Janeiro, Espírito Santo, até a região Norte do Brasil. Dentro da média entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, mas abaixo da média em toda a região Sul, o que não significa ausência de chuva para os três estados (veja mais detalhes no mapa).
- Informações da meteorologista Desireé Brandt