O Paraná, terceiro maior produtor de soja do Brasil, já plantou 95% da área destinada ao grão nesta safra 2021/2022. De acordo com o Departamento de Economia Rural do estado (Deral-PR), 96% das lavouras estão em boas condições, enquanto 4% permanecem em média.
No entanto, o produtor Daniel Rosenthal, de Rolândia, no norte do Paraná, prevê queda de 10% de produtividade neste ciclo em sua propriedade de 370 hectares. Ele iniciou a semeadura na primeira quinzena de outubro e foi fortemente afetado pela alta umidade na região.
“No mês de outubro, tivemos chuvas de 370 mm aproximadamente. Porém, não foram chuvas bem distribuídas, foram pancadas. Tivemos 90 mm de uma vez, 70 mm, junto com granizo. Isso afetou a soja não só em sua emergência, mas também agora muitas plantas quebraram, estragaram. Então o estande da lavoura está abaixo do recomendado”, avalia.
O agricultor, que costuma alcançar uma média de 60 sacas por hectare, acredita que terá cerca de 55 nesta safra.
Preços de insumos da soja
Rosenthal diz que costuma comprar os insumos para a produção de soja de forma antecipada. “Fizemos as compras dos diversos insumos em abril. Se fosse para comprar hoje, não valeria a pena por conta dos preços atuais, porque estaríamos plantando para não colher resultado, rentabilidade nenhuma”, considera.
O produtor conta que pagou 35 reais no preço do glifosato em abril deste ano, ao passo que o custo em novembro sai por volta de 110 reais, uma impressionante alta de 214%.
De acordo com o Deral, a safra de soja do estado do Paraná será de mais de 20 milhões de toneladas neste ciclo 21/22.