Os preços da soja estão elevados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Nesta semana, os valores chegaram aos US$ 10 por bushel, o maior patamar em mais de dois anos. Para Liones Severo, diretor da Simconsult, esse cenário não deve ser revertido em um curto prazo.
“Essa alta é resultado do desequilíbrio entre oferta e demanda. Isso já se desenhava no ano passado, devido às perdas na safra mundial, especialmente nos Estados Unidos. A valorização já era esperada e a tendência é de que os preços continuem subindo, e assim deve continuar enquanto não for coberto o déficit mundial, que hoje está em 30 milhões de toneladas”, diz Severo.
De acordo com ele, diante da escassez da oleaginosa em diversos países, o mercado tenta buscar fontes para suprir a demanda pelo grão. “Como aqui no Brasil não tem mais soja, o mercado volta suas atenções para os EUA. No entanto, os americanos não conseguiram suprir sozinho a demanda do mercado mundial. A demanda da China aumentou e vem crescendo a cada ano, ressalta do diretor da Simconsult.