Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando
Gutierrez Roque.
– O mercado da soja permanece com as atenções centralizadas nos mapas climáticos sobre o cinturão produtor norte-americano para o desenvolvimento das lavouras da nova safra. Paralelamente, os players acompanham os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional, assim como o lado financeiro que permanece bastante agitado.
– O clima sobre o cinturão produtor dos EUA continua como a principal variável do mercado da soja. As últimas semanas não foram muito favoráveis para o desenvolvimento das plantas devido ao baixo nível de umidade e temperaturas elevadas que foram registradas em boa parte dos principais estados produtores. Tal fato culminou em 4 semanas consecutivas nas quais as condições das lavouras pioraram.
– É possível que o próximo relatório semanal do USDA, que será divulgado na próxima segunda-feira (25), mostre uma nova piora nas condições. Apesar disso, os mapas climáticos apontam agora para um clima mais úmido e com temperaturas mais amenas na próxima semana, o que deve ser favorável, impedindo uma nova deterioração das condições.
– De qualquer forma, é importante destacar que ainda é muito cedo para quaisquer definições sobre o potencial produtivo das plantas, visto que a maior parte das lavouras ainda se encontra em fase inicial de desenvolvimento, não alcançando ainda as fases decisivas. Se o clima melhorar daqui para frente, as plantas podem entregar grandes produtividades.
– Com a área estimada atualmente, o potencial produtivo norte-americano é de mais de 122 milhões de toneladas. Ainda há espaço para ajustes na área, visto que parte dos produtores parecem não ter entregado para o USDA, em tempo hábil, seus relatórios/cadastros de área plantada. É possível vermos algum ajuste positivo no tamanho da área semeada no próximo relatório mensal do USDA, que será divulgado no dia 12 de agosto. Tal fato pode elevar o potencial produtivo norte-americano.
– Nesta última semana, novas vendas de soja dos EUA para a China foram anunciadas, o que é um ponto positivo para Chicago. Esperamos que com o avanço do desenvolvimento das lavouras da nova safra, mais vendas sejam anunciadas.
– A aversão ao risco no mercado financeiro internacional continua trazendo peso sobre os investimentos em renda variável, o que inclui as commodities. O risco de recessão, inflação mundial e alta de taxas de juros em importantes economias assusta os investidores, o que traz um peso negativo adicional para Chicago. Este fator deve continuar sendo acompanhado de perto, pois seu peso pode não ser pequeno.