Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 13, com preços em baixa acentuada. Após atingir nesta quarta o maior patamar em quase 12 anos, o mercado sucumbiu a um movimento de realização de lucros. Alguns fatores ajudaram a acentuar a correção.
O mercado acelerou as vendas diante de notícias que indicam que o tráfego de navios e barcaças no Rio Mississippi está sendo bloqueado pela guarda costeira norte-americana devido a um problema estrutural em uma ponte que passa sobre o rio.
- Estoques mundiais de soja ficam acima do esperado pelo mercado, aponta USDA
- Soja pode chegar a US$ 17 por bushel nas próximas semanas, diz analista
“O bloqueio traz problemas para o escoamento dos grãos produzidos no cinturão produtor norte-americano. Embora a maior parte das exportações norte-americanas de soja desta temporada já tenham acontecido, a falta de prazo para a liberação do tráfego faz o mercado especular sobre possíveis problemas futuros para o escoamento da nova safra norte-americana, além de uma possível menor demanda internacional por grãos norte-americanos, caso o bloqueio persista por vários dias/semanas”, explica o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.
A forte baixa do petróleo, as preocupações com os índices inflacionários nos Estados Unidos, os fracos embarques semanais americanos e o desapontamento com o relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, completaram o quadro negativo para as cotações.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 58,50 centavos de dólar por libra-peso ou 3,56% a US$ 15,84 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,22 por bushel, com perda de 50,25 centavos ou 3,19%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 27,40 ou 6,1% a US$ 421,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 65,78 centavos de dólar, perda de 0,62 centavo ou 0,93%.