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Adubação foliar na soja: Áureo Lantmann esclarece prós e contras da aplicação

Especialista explica que uso dos principais nutrientes em pulverização foliar tem severas restriçõesEm Chapadão do Céu (GO) e Chapadão do Sul (MT) a soja se encontra nos estágios V5 para V6 e em algumas lavouras já ocorre o estádio R1. A partir do início do período do florescimento, é comum a aplicação de fertilizantes via foliar. A aplicação de nutrientes às folhas das plantas, com o objetivo de complementar ou suplementar as necessidades nutricionais das mesmas, não é uma prática nova, sendo conhecida há mais de 120 anos.

Apesar de todos os conhecimentos e de algumas vantagens, o uso dos principais nutrientes em pulverização foliar tem sérias restrições. A utilização de sais solúveis de NPK, deste modo, somente pode ser feita em baixa concentração. São necessárias várias aplicações para atingir a quantidade adequada de nutrientes nas plantas, capaz de afetar significativamente a produção. Quando a concentração é aumentada, pode ocorrer a queima das folhas. Na prática, têm sido obtidos resultados muito inconsistentes quanto à sua eficiência, havendo ainda inúmeros pontos obscuros a serem estudados, sem o que não será possível a utilização em larga escala.

A adubação foliar normalmente é tratada de forma muito genérica, ou sob uma perspectiva exagerada do efeito. Mas é preciso considerar uma série de particularidades que seu emprego requer.

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Se as necessidades nutricionais da soja, quantificadas e função da interpretação dos resultados de análises de solo, foram atendidas via adubação no solo, as adubações via foliar provavelmente serão inócuas.

A maior questão sobre a adubação foliar para a soja é: quando se deve aplicar adubo foliar? Na verdade há necessidade de um diagnóstico, em que se considere:

1) resultados de análise de solo;
2) resultados de análises foliar de anos anteriores, complementados com índices do DRIS;
3) conhecimentos da adubação utilizada no ano e principalmente das adubações de anos anteriores;
4) histórico de sintomas de deficiências em anos anteriores principalmente de micronutrientes;
5) considerar as resposta apresentadas com o uso de adubos foliares em, anos anteriores.

Sem esse conjunto de informações, adubação foliar na soja fica sem objetivo e sem parâmetro de referência para sua recomendação.

Nos casos de cobalto e molibdênio e do manganês, há argumentos técnicos para suas recomendações via foliar. Cobalto e molibdênio, quando não adicionados via sementes – em que pese ser esta ainda a mais eficiente forma de adubação para esses dois nutrientes – , pode se optar pela via foliar. Para o manganês, quando surgirem sintomas ainda no período vegetativo, se recomenda a via foliar.

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