Tapurah, em Mato Grosso, é uma região com solos arenosos que vem apresentando, nos últimos anos, rendimentos de soja acima de 52 sacos por hectare. Uma prática comum no local é a adubação a lanço, tanto do fósforo como do potássio. A prática tem pontos positivos. Agricultores alegam que isso facilita a tarefa de semeadura, com agilidade e consequentemente, tempo reduzido. Mas também apresenta aspectos negativos.
A adubação a lanço do potássio para o cultivo da soja é recomendada em determinadas situações. Em solo arenoso com baixa CTC, é usada para evitar lixiviação. Para quantidade de K20 maior que 50 kg/hectare, é recomendado fazer a adubação de 1/3 da quantidade total indicada na semeadura ou em pré semeadura, e 2/3 em cobertura, 30 a 40 dias após a semeadura, respectivamente, para cultivares de ciclo mais precoce e mais tardio. Considera-se que o potássio é um nutriente (elemento) de grande mobilidade no solo.
O fósforo é um nutriente (elemento) de baixa mobilidade no solo. Na adubação a lanço, o fósforo é adicionado na superfície do solo, ficando muitas vezes inerte (não reagindo) ou concentrado nos primeiros centímetros do solo. A prática de adubação fosfatada a lanço, em solos com baixa concentração deste nutriente, torna o fósforo limitante, principalmente pela má distribuição no perfil do solo.
Uma alternativa para adubar a terra no período antes da semeadura, é usar a semeadeira só com adubo, desta forma ele é enterrado na superfície do solo. Essa prática tem vantagens sobre a adubação a lanço, pois o fósforo reage melhor com o solo.