– No Brasil, graças ao processo de FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio), a inoculação substitui totalmente a necessidade do uso de adubos nitrogenados nas lavouras de soja. O inoculante contém bactérias selecionadas do gênero Bradyrhizobium que, quando associadas às raízes de soja, conseguem converter o nitrogênio da atmosfera em compostos nitrogenados, que serão utilizados pela planta – afirma Ieda de Mendes.
A substituição dos fertilizantes nitrogenados industriais pela inoculação da soja com bactérias proporciona uma grande economia. De acordo com os cálculos dos pesquisadores, o uso de apenas 20 kg de N/ha, na forma de ureia (equivalente a 42 kg desse adubo), na soja cultivada no Brasil resultaria em um custo adicional de cerca de R$ 62,50 por hectare, totalizando R$ 1,7 bilhão nos aproximadamente 30 milhões de hectares cultivados com soja em 2013.
Destaca-se também o benefício ambiental ao deixar de usar os adubos nitrogenados industrializados. Como cerca de 50% dos adubos nitrogenados aplicados ao solo são perdidos por processos como a lixiviação, desnitrificação e volatilização, esses fertilizantes causam a poluição de mananciais hídricos (rios, lagos, lençóis freáticos) e a redução da camada de ozônio que envolve o planeta, contribuindo consequente para o aquecimento global.