Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dois Irmãos e Morro Reuter, Pedro Becker, é necessário esclarecer alguns pontos para os agricultores.
? Não tem outra opção na região Sul. É encosta de serra mesmo, declínio de 45 graus, perto de riachos. E não está claro de que forma os produtores possam permanecer em suas propriedades ? diz.
De acordo com Becker, caso o Congresso não leve em conta as peculiaridades da região, 70% dos produtores podem ficar sem alternativa de produção.
? Precisamos da compreensão do Congresso e que seja mais clara a forma como nosso código está sendo visto. É preciso conhecer a fundo nossas propriedades e seus diferenciais ? aponta.
O mesmo pensa o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Elton Weber. Ele afirma que as principais preocupações de quem vive no campo são as alterações no texto que ainda podem ser feitas no Senado, principalmente em relação às áreas consolidadas.
? Nós temos áreas consideradas consolidadas que são ocupadas com atividades há muitos anos e que pelas regras atuais seriam consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Se não pudermos tratar este assunto de forma diferenciada, os agricultores, principalmente familiares, terão prejuízo ? afirma.
Weber acredita ser possível produzir de forma sustentável até mesmo nessas áreas.
? Não é com fita métrica de tantos e tantos metros que você faz preservação ambiental. Ela vem de práticas sustentáveis de consciência. A sociedade tem de entender que não dá para produzir ou desenvolve sem mexer no meio ambiente ? opina.
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