Os pequenos agricultores chegaram ao município na década de 1980. Na época o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) demarcou os lotes e doou as terras. Nas áreas, os agricultores trabalham com pecuária, cultivo de eucaliptos e agricultura de subsistência.
Há alguns anos os moradores convivem com a ameaça de abandonar as terras. Porém, há 15 dias esse temor se tornou realidade. Os produtores foram notificados com prazo de 60 dias para abandonar a área. O exército até colocou placas em frente às propriedades.
Na notificação o exército alega que a área pertence à União, mas está sob jurisdição do Ministério da Defesa. Por esse motivo, quer destinar o local para futuras instalações militares e também para execução de exercícios de instrução e adestramento.
O agricultor Ademar Diniz chegou à área quatro anos antes das forças militares. Ele faz parte das 40 famílias que são beneficiadas pelo Programa Luz para Todos do governo federal. Diniz tem 700 hectares e trabalha com piscicultura, produção de mel e também cria gado. Como garantia, guarda até hoje, o protocolo do Incra autorizando o desmatamento da área, concedido em 1986.