O sol brilha com força na fazenda do produtor Valcir Scariote. A chuva não aparece há 22 dias. O plantio foi interrompido, mas ainda faltam cultivar mais de 70% da área. O agricultor está apreensivo com o cronograma, porém a maior preocupação é com as condições das plantas semeadas há algumas semanas.
– Em um stand de 16 plantas várias morreram por causa da broca e da queima do sol – diz o produtor.
É só olhar a lavoura para entender a angústia do produtor. O ataque das lagartas do solo e o impacto do calor causaram estragos visíveis. O prejuízo já é praticamente certo. Segundo Valcir Scariote, o prejuízo deve chegar a 15% nas áreas atingidas.
Em outra fazenda também é possível perceber os efeitos da seca. O agricultor plantou a lavoura sobre a palhada de milho. Uma das funções deste material é justamente manter a umidade do solo por mais tempo. Só que nem mesmo toda esta cobertura foi suficiente para evitar que o desenvolvimento das plantas fosse comprometido, depois de uma estiagem que ultrapassa 20 dias.
O produtor Lucídio Pinto é o dono da área. Ele diz que o bom volume de palhada e o tratamento bem feito das sementes até amenizaram os impactos do veranico, mas não conseguiram impedir que a plantação fosse prejudicada.
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Assim como Valcir Scariote e Lucídio Pinto, muitos outros agricultores de Sapezal (MT), também estão preocupados com o futuro da lavoura.
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