O produtor do Paraná está cauteloso em relação à comercialização futura da produção de soja na safra 21/22. Em setembro do ano passado, no início do plantio, a venda antecipada tinha atingido 38%. No mesmo período de 2021 não chegou a 5%.
Para o economista do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Marcelo Garrido Moreira, o recuo no estado se deve ao cenário ocorrido em 2020, quando logo após a semeadura os preços do grão dispararam e muitos agricultores deixaram de ter mais lucratividade. “O produtor entende que ele acabou perdendo dinheiro e está tentando não cometer o mesmo erro”, comentou.
Mas o economista alerta que, apesar do bom cenário da soja, o mercado é instável e os valores podem cair a qualquer momento. “O mercado é muito dinâmico, qualquer influência, seja interna ou externa, já mexe nessa questão de câmbio”.
Para evitar prejuízos o indicado é realizar a venda de forma gradativa. “O ideal, segundo os técnicos, é que o produtor divida esse volume de produção que ele vai comercializar em 3 a 4 lotes e consiga comercializar isso escalonando. Talvez ele não tenha o lucro que poderia ter se acontecer a mesma coisa que aconteceu no ano passado, mas também ele não vai perder muito dinheiro, caso ocorra do preço da soja, que está no patamar hoje de R$ 160 no Paraná, e houver um declínio, lá na frente ele não terá esse prejuízo”.