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Aquisição de diesel para a safra 22/23 será 23% mais cara, estima CNA

Segundo assessor técnico da entidade, investimentos em tecnologia de máquinas e softwares pode amenizar desembolso dos produtores com o combustível

Os produtores rurais já sentem o impacto das seguidas altas do diesel nos gastos com os fretes. Para o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Thiago Rodrigues, os avanços contínuos da tecnologia a cada safra, com surgimento de softwares e máquinas operacionalizadas via satélite, tendem a reduzir o valor pago pelo agricultor para contar com o insumo.

“Na hora do plantio e da colheita, por exemplo, ele [o produtor] consegue fazer um mapeamento via software em que um menor número de manobras [da máquina] é feito e isso traz para o modelo produtivo a segurança de que se está trabalhando com o máximo de eficiência que a máquina pode gerar e, com isso, a economia de diesel vem a reboque”, afirma.

Segundo Rodrigues, a operação de plantio nas lavouras consome de cinco a seis litros de diesel por hora. “Dados do Projeto Campo Futuro nos revelam que a partir do momento que esses anúncios de alta estão sendo absorvidos pelos postos de combustível, o produtor está tendo um desembolso maior que pode vir a refletir em uma safra que já vem sofrendo com o aumento dos custos de aquisição de fertilizantes e defensivos que estão em patamares muito altos. Nossa estimativa é que o custo com a aquisição de diesel para a safra que vem pode estar até 23% maior do que a atual”, estima.

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil