A soja está se tornando a protagonista entre as culturas cultivadas na Bahia. O estado faz parte do Matopiba, região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Os produtores baianos aumentaram a produção em 100 mil hectares, sendo 20 mil para milho, 23 mil para algodão e 57 mil para a soja.
O total de área plantada, somando as culturas agrícolas neste ciclo, é de 1,760 milhões de hectares. Com isso, a projeção é de aumento de 3,5% no volume colhido neste ciclo. O aumento de área se deve à disparada dos preços do grão nos últimos meses, puxada pela alta demanda mundial e a crise de saúde causada pela Covid-19.
Cerca de 30% do total projetado já foi semeado no estado. O plantio na área irrigada já está completo. De acordo com a vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Carminha Gatto Missio, além do clima, a preocupação é com o recebimento dos insumos na data prevista. “A expectativa é que chova e, principalmente, consigamos receber todos os insumos programados, como ureia e alguns fertilizantes, que são usados para a alimentação das plantas”, comenta.
Outra preocupação dos produtores é com a alta nos preços de insumos não só para esse ciclo, mas, principalmente, para a temporada 22/23. “O maior desafio que nós, enquanto produtores, temos que enfrentar é nos prepararmos para a próxima safra, porque a desse ano os produtos estão parcialmente recebidos e comercializados, mas esse é o grande desafio para nós permanecermos ativos na próxima safra”, destaca.
Desta forma, ela orienta que o indicado é já ir se programando este ano. “Temos que fazer um chamado aos produtores para que da melhor maneira possível já ir adquirindo insumos e fazendo vendas pré-programadas para que no ano que vem também possamos manter a produção de alimentos”.