Uma das maiores procupações dos produtores rurais, atualmente, é a alta no preços dos insumos, que já chega a 106% no Brasil em doze meses.
Para o consultor Cristiano Palavro, da Pátria Agronegócios, “nem sempre a compra antecipada dos insumos é uma vantagem para o produtor rural, mas nos últimos anos tem sido”.
Segundo ele, em 2021, a coma antecipada foi vantajosa para a maior parte dos produtores, com preços que estavam valendo R$ 2 mil no início do ano e, agora, já valem mais que o dobro.
Problemas logísticos, de acordo com Palavro, têm agravado o preço dos custos no Brasil e no exterior. “Pensando nisso, a antecipação sempre traz pelo menos uma janela melhor para os produtores”, afirma.
Em relação às alternativas para contornar os custos, nas compras atuais, “é realmente a busca por usar parte das reservas do solo e outras alternativas, como fertilizantes orgânicos”, constata o especialista.
“É preciso tomar cuidado com os alimentos das plantas, pois uma produtividade menor também traria uma receita melhor para o produtor”, segundo Palavro.
Na soja, o custo dos insumos vem aumentando, especialmente, de acordo com ele. “A tendência é a mesma dos preços dos grãos. Esse custo tem um crescimento mais sazonalidados, mas de cinco anos pra cá, é constante”, observa o analista, pontuando que a safra de 2021/2022 deverá ser marcada pelo mais alto custo dos últimos anos: “se aproxima de R$ 6 mil por hectare, um recorde”.