No início da pandemia, em 2020, os preços das commodities no Brasil, principalmente a soja, tiveram alta no mercado. Em contrapartida, em 2021, o custo dos insumos sofreu inflação, registrando aumento expressivo nos fertilizantes e defensivos agrícolas. Apesar do aumento com a despesa na produção da oleaginosa, o consultor da Markestrat, José Carlos de Lima Júnior, acredita em uma colheita com altos volumes em 2022 e investimentos na armazenagem do grão.
“Nós teremos agora, em 2022, uma produção extremamente alta, mas também com a capacidade estática de estocagem igualmente elevada”.
Por outro lado, a pressão causada pelos custos de produção deve reduzir a margem de lucro dos agricultores. “Quando nós tivemos a compra de insumos na casa de dólar a US$ 3,50 e, de repente, nós pudemos exportar a nossa produção a US$ 6, hoje, é possível que nós tenhamos, a partir de 2022, uma normalidade dessa média, porque se te um dólar alto e também uma menor margem, considerando os volumes que serão praticados”, acrescentou.
O especialista acredita ainda que o mercado deve ser afetado pelas eleições de 2022. “Em um ano eleitoral que nós estamos entrando, a gente sempre vai ter essa preocupação com a desvalorização monetária. O dólar pode vir aumentar, considerando, principalmente, quem serão os candidatos e como vai se comportar o pleito agora em 2022”, finalizou.