A colheita do produtor Antônio Fernandes de Mello, do município de Água Boa (MT), não será satisfatória. O prejuízo veio do excesso de chuva no desenvolvimento da soja e, principalmente, durante a operação de colheita.
“Teve talhões em que largamos em torno de 5% a 8% sem colher por encharcamento. No geral, até o momento, estima-se uma perda de 8% no que já foi colhido”, declara.
Outro problema encontrado no estado é a dificuldade na armazenagem do grão. De acordo com o Sindicato Rural do município, o déficit de armazenagem por lá é de 50%. Com o entrave no escoamento do grão, muitos agricultores interrompem o trabalho de campo. “Acredito que estamos com atraso de sete dias na colheita, o que é preocupante. […] com isso, vai se perdendo peso do grão”, considera o presidente do sindicato, Geraldo Antônio Delai.
Em MS o clima ajudou
Na propriedade do produtor rural Pérsio Ailton Tosi, em Ribas do Rio Pardo (MS), foram destinados mil hectares para o cultivo da soja nesta temporada 21/22. A projeção é de colheita farta, reflexo do investimento feito em tecnologia, manejo eficiente e consultoria. Contudo, além desses fatores, o que ajudou na boa produtividade neste ciclo foi o clima, que colaborou durante a colheita.
“Nesta fazenda o que colhemos até agora é superior a 70 sacas [por hectare], o que é excelente, ainda mais com o solo arenoso que temos”.