A partir da safra 2022/23 de soja, passam a valer novas regras para os produtores do estado de Goiás. Além da alteração no calendário de plantio, também houve mudança no período de vazio sanitário.
As modificações visam atender as demandas de entidades do setor, sem comprometer dados científicos para a prevenção e controle da ferrugem asiática, que é a principal praga que gera prejuízos econômicos para a cultura.
O calendário de semeadura, que era de 01 de outubro a 31 de dezembro, passou a vigorar a partir de 25 de setembro, com o final permanecendo o mesmo. Dessa forma, a permissão de plantio foi antecipada em seis dias.
Com isso, foi possível alterar também a data do vazio sanitário, que é o período que não deve ter a presença na lavoura de plantas de soja vivas e nem plantas voluntárias que germinam os grãos que se perdem na colheita. O novo ciclo do vazio sanitário passa a valer de 27 de junho a 24 de setembro.
De acordo com a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa de Goiás, Daniela Rézio e Silva, a mudança favorece o cultivo da segunda safra no estado. “Essa situação permite que os produtores venham antecipar a safrinha com outros tipos de cultura em sucessão da colheita da soja, aproveitando assim as condições climáticas favoráveis para a produção do estado de Goiás”.
A fiscalização será feita por engenheiros agrônomos fiscais da Agrodefesa. “Eles vão estar fiscalizando e orientando os produtores a respeito dessas medidas, que são benéficas e viáveis economicamente para o controle da ferrugem asiática. Aqueles produtores que não cumprirem a determinação serão autuados e, caso haja o plantio durante o período do vazio sanitário, pode haver até a destruição da lavoura”, finaliza Daniela.