O clima é um dos principais desafios do produtor rural. Para a próxima safra de soja (21/22) o alerta é para o La Niña. De acordo com o Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Rio Grande do Sul (Copaaergs), há 70% de chance para a formação do fenômeno no estado, entre as estações de primavera e verão. O levantamento divulgado pela Instituição mostra, ainda, que as precipitações devem ficar abaixo da média, principalmente em novembro.
Em entrevista para o jornal Mercado e Cia, a agrometeorologista Loana Cardoso, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, alertou que, diferentemente de alguns estados, o volume de chuva durante o verão no Rio Grande do Sul costuma ser baixo e com o efeito do La Niña, a estiagem pode ser mais severa.
Os efeitos do fenômeno climático podem afetar a lavoura de soja, pois entre janeiro e fevereiro é um período crítico para a cultura que está em fase de floração e início de enchimento de grãos.
“Nós temos que seguir acompanhando os prognósticos. Há uma tendência de que deve ser um evento fraco, então a influência dela no período de verão é um pouco reduzida, mas é uma característica climática do nosso estado a ocorrência de períodos de baixos volumes de precipitação durante o verão, com pequenas estiagens. Então, sim, os produtores têm que ir acompanhando os prognósticos, as previsões biológicas da safra para que a gente possa minimizar os possíveis efeitos”, ressaltou.