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Aliança da Soja

Necessidade de armazenagem de grãos em MT pode ser 108% maior do que a disponível hoje

De acordo com superintendente da Conab, carência brasileira para estocagem da produção começou em 2001

Nos primeiros seis meses de 2021, a capacidade de armazenagem agrícola no Brasil atingiu 180,6 milhões de toneladas, apontando um crescimento de 2,5% em relação ao segundo semestre de 2020. Os dados fazem parte da Pesquisa de Estoques do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Mato Grosso é o estado com maior capacidade de armazenagem, com 44,4 milhões de toneladas e é o segundo maior, também, em número de estabelecimentos, ficando atrás, nesse quesito, apenas do Rio Grande do Sul.

A soja ocupa o maior volume de produtos agrícolas nas unidades armazenadoras, com 36,7 milhões de toneladas. De acordo com o superintendente de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Stelito Reis, apesar do crescimento dos estabelecimentos, o Brasil tem um grande déficit em espaço para armazenagem.

Armazém armazenagem
Foto: Rumo/divulgação

“Essa preocupação começou em 2001 quando a nossa produção cresceu mais de 20% e a nossa capacidade estática só aumentou 1,6%. Então, quando a gente compara de 2001 para 2020, cresceu [a produção] 157%. Já a nossa capacidade estática só cresceu 92%”.

Reis ressalta que o déficit de armazenagem pode gerar prejuízos para a próxima temporada de colheita. “A gente tem uma expectativa, sim, que teremos espaços apertados na próxima safra de soja. Em alguns momentos de maior pressão sobre a capacidade estática, durante três a quatro meses de concentração de colheita e o início da comercialização da soja do ano, nós temos um risco. Em Mato Grosso, por exemplo, a necessidade de armazenagem pode ultrapassar os 100% e chegar a 108% da capacidade estática“, conta.

Expansão da armazenagem

A saída para amenizar os prejuízos pela falta de capacidade de armazenagem é a construção de novos estabelecimentos. Muitas vezes o produtor tem condições financeiras para implantar os silos, mas acaba não realizando por não entender o custo-benefício.

“São produtores que tem condições de construir um armazém com as receitas advindas dessas condições melhores que ele vai obter ao armazenar o produto da colheita e, mais tarde, com a alta de preços, ele consegue remunerar e pagar o investimento da construção de uma unidade armazenadora”, explica Reis.

Crédito Fiagro

Para realizar a construção, muitas vezes, é preciso ter acesso a crédito para o investimento, já que o custo para instalar as estruturas é alto. “O Fiagro é uma boa oportunidade para que o produtor possa usar, para que as empresas possam usar e buscar financiamento através desse tipo de fundo”, finaliza.

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