Para a safra 22/23, os produtores de soja de Mato Grosso e de toda a região do Matopiba já podem contar com novas cultivares desenvolvidas pela Embrapa. As variedades apresentam elevado potencial produtivo, estabilidade de produção e adaptabilidade em solos do Cerrado brasileiro.
Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, o lançamento contempla uma cultivar convencional e três transgênicas. “Como as cultivares são voltadas ao Cerrado, atendem as especificidades de cerca de 22% do território nacional. São materiais de ciclo precoce a ciclo médio, atendendo a produção de soja com sustentabilidade em todos os estados da região Centro-Oeste, sobretudo os principais produtores, como Mato Grosso, Goiás, Bahia, Tocantins e Minas Gerais”.
Silva Neto lembra que o produtor deve sempre adquirir a cultivar que mais se adapta a sua região. “Temos no Brasil uma extensão continental, onde existem variações de solo, de clima, de patógenos no solo e no ambiente, então a cultivar de soja deve ser muito bem escolhida visando atender a necessidade regional ou mesmo da própria fazenda, porque, às vezes, uma propriedade tem uma realidade e a do vizinho na mesma região já tem outra”, considera.
O pesquisador enfatiza, ainda, que em períodos de custos de produção elevadíssimos por conta da alta dos principais insumos, a genética de uma nova variedade de soja visa solucionar problemas e os fatores limitantes à produtividade da soja, como a seca, os nematoides, pragas e fertilidade em diferentes tipos de solo. “Há cinco anos nós da Embrapa estamos desenvolvendo variedades de soja pensando em garantir a rentabilidade do produtor. Temos um grande foco na questão da eficiência do uso de fertilizantes e esses quatro materiais que estão sendo lançados agora são variedades que foram selecionadas em ambientes com remineralizadores de solo, diminuindo custos com adubos”, conclui.