Aliança da Soja

Sementes de ciclo mais curto podem ser difíceis de encontrar em 22/23

Apesar dos percalços, diretora da Abrass afirma que produtor não ficará sem o insumo

Apesar da forte estiagem que atingiu as lavouras de soja no Rio Grande do Sul, o setor sementeiro do estado se diz preparado para atender a demanda da safra 22/23. De acordo com a diretora de comunicação e marketing da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), Manoela Bertagnolli, a falta de umidade no solo afetou a produção de commodities, mas não prejudicou o abastecimento de sementes.

“O que nós teremos é dificuldade para encontrar algumas cultivares, algumas variedades específicas, principalmente aquelas de ciclo mais curto que foram plantadas precocemente, no início da safra. Mas fiquem tranquilos que vai ter semente para todo mundo, e semente de qualidade”, afirma.

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Semente de soja. Foto: Daniel Popov

A qualidade do insumo depende de muita pesquisa e melhoramento genético. Desta forma, a diretora acredita que o principal desafio do setor é garantir o acesso às novidades do mercado para repassar para o produtor rural.

“Somos a primeira ponte para fazer essa ligação com produtor rural. Para o próximo ano a gente precisa conhecer todas essas biotecnologias, testar todas as novas variedades e transpor algumas barreiras para que o produtor de soja consiga colher a sua lavoura a contento no ano que vem”, acrescenta.

Manoela ainda destacou o papel das mulheres na produção de soja. “Quanto mais gente sentada na mesa, melhor sempre vai ser a qualidade, e é isso que a gente tem feito a vida inteira. O toque feminino dá uma característica mais de alma às vezes no negócio, e é isso que a gente tem feito: trazer aquele olhar mais delicado e com mais detalhe que a mulher tem”, finaliza.