Produtores rurais de Marechal Rondon (PR) sofrem com perdas expressivas nas lavouras de soja no cultivo 21/22. Muitos alegam que os lucros não devem cobrir a despesa com a colheita.
De acordo com o Sindicato Rural do município, as primeiras lavouras colhidas na microrregião mostraram resultados bem abaixo do esperado. A média dos talhões não passa de 10 sacas por hectare. A produtividade registrada até o momento já é 80% abaixo do que a esperada para essa temporada.
O principal fator que causou a quebra de safra foi a forte estiagem no período de desenvolvimento da planta. “Nós tivemos no início do plantio uma janela muito boa. Conseguimos implantar as variedades, todas elas, de acordo com o seu ciclo, na data de melhor exploração do potencial. Porém, depois, nós tivemos o corte de chuva, então ficamos praticamente 65 dias sem chuva na cultura da soja e isso ocasionou tanto abortamento de vagens, como a má formação de grãos”, comentou o presidente do Sindicato, Edio Chapla.
Otimismo para a safra 22/23
Apesar dos desafios e a previsão de continuidade no aumento do custo de produção neste ano, Chapla segue otimista para a próxima temporada 22/23. “Nossa expectativa é continuar a vida na cultura da soja. Somos agricultores, somos persistentes e precisamos adaptar a realidade para cada safra. A gente tem uma expectativa de continuar investindo, apesar do nosso custo de produção para próxima safra ser mais alto, provavelmente, 30% deve ser o custo a mais. Então, talvez o nosso ganho em relação às outras safras, vai ser em porcentagem um tanto menor”, finalizou.