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Apesar de tentativa de acordo, paralisações continuam

Na manhã desta quinta foram registrados bloqueios em diversos Estados do paísO governo anunciou uma série de propostas na quarta, dia 25, na tentativa de por fim aos protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas brasileiras, mas a paralisação segue em, ao menos, sete Estados.

O governo promete estabilidade dos preços do diesel por seis meses, sanção da lei que reduz custos dos setor, além de carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões caso os protestos cessem. Caminhoneiros, no entanto, seguem com o bloqueio de importantes vias de escoamento de safra, prejudicando o abastecimento de mercadorias, como alimentos e combustíveis, e afetando as exportações do país. 

>> Veja quais rodovias estão bloqueadas

Mesmo com a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de impedir paralisação nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins e Santa Catarina, mais de 10 trechos apresentam congestionamento no Rio Grande do Sul, entradas em cidades agropecuárias de Mato Grosso estão inacessíveis e bloqueios ocorrem em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

Se as manifestações acabarem, o governo se compromete com:

– Sanção integral da nova Lei do Caminhoneiro;

– Isenção de pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios;

– Aumento do valor da estada, de R$ 1 para R$ 1,38 por tonelada/hora, calculada sobre a capacidade total de carga do veículo, e valor este que será atualizado todos os anos pelo INPC;

– Obrigatoriedade do embarcador ou destinatário da carga de fornecer documento hábil para a comprovação do horário de chegada do caminhão, sujeito a multa de 5% sobre o valor da carga;

– Tolerância do peso bruto total de 5%, e de peso por eixom de 10%, além de perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos;

– Responsabilização do embarcador pelos prejuízos decorrentes do excesso de peso e transbordo da carga com excesso;

– Inclusão de obrigação do governo de instalar e incentivar pontos de paradas, mediante cessão de áreas públicas;

– Carência de 1 ano para pagamento das parcelas de financiamento de caminhões dos contratos em vigor de transportadores rodoviários autônomos e microempresas dos programas Pró-caminhoneiro e Finame;

– Elaboração de tabela referencial de fretes pelas entidades representativas dos caminhoneiros e das transportadoras com os embarcadores, tendo mediação do Ministério dos Transportes, com a primeira reunião a ser realizada em 10 de março;

– Compromisso da Petrobras de não realizar, pelos próximos 6 meses, reajuste no preço do diesel;

– Compromisso da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) de melhorar o resultado dos fretes dos caminhoneiros a níveis satisfatórios.

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