Aplicação de inseticida contra percevejos deve ser feita a partir do estágio reprodutivo, afirma Lantmann

Antes desta fase, produtos agem sem eficácia sobre a pragaA maior parte das lavouras de soja do país chega agora ao estágio reprodutivo, período que normalmente preocupa os produtores em função do ataque de percevejos. Segundo o consultor do projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann, a aplicação de inseticidas antes deste período não tem eficácia.

De acordo com o especialista, o melhor momento para aplicação é quando se observa a formação de vagem, quando a soja começa a surgir.

– Ali é o momento adequado de se aplicar o inseticida na dose, no momento, na quantidade, na temperatura mais adequada para que o inseticida possa realmente controlar o percevejo – explica.

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– Existe técnica para isso, através do pano de batida, entrar na lavoura, medir a quantidade e o tamanho do percevejo e aplicar o inseticida.

O consultor afirma que ao seguir estes requisitos o produtor ganha em aspectos econômicos e técnicos. Um exemplo, segundo ele, está no caso helicoverpa, em que a aplicação de inseticidas antes do momento certo levou à eliminação dos inimigos naturais da praga.

– E isso vai comprometer o equilíbrio da lavoura de soja. De repente ele não mais poder controlar a helicoverpa ou o percevejo pela falta de inimigo natural, provocada pela antecipação da aplicação do inseticida – conclui o consultor.

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