A ferrugem da soja é, sem dúvida, o grande desafio da agricultura hoje. Para atenuar esse problema existem estratégias. De todos os agricultores que já ouvimos durante a expedição Soja Brasil, todos fazem uma aplicação de fungicida de forma preventiva. Uns quando aparece a primeira flor, outros entre o estádio vegetativo V5 e V6. Outro grupo planta uma parcela de soja logo após o vazio sanitário e toma como referência para a primeira aplicação de fungicida o surgimento da ferrugem nesta parcela.
O momento certo das aplicações é fundamental, uma vez que o sucesso na primeira pulverização acarreta o êxito nas aplicações seguintes, podendo ser mais uma ou mais três ou até quatro, dependendo do ciclo e época de semeadura.
Considerando a produção de soja nas duas últimas safras, 2010/2011 com 75.324 mil toneladas e 2011/2012 com 66.383 mil toneladas, justifica-se a menor produção na última safra em função da seca que ocorreu em várias regiões do Brasil, com o rendimento médio de 3115 quilos(kg)/hectare(ha) e de 2651 kg/ha, respectivamente. Informações mostram que o consumo de fungicida na safra 2011/2012 foi muito menor que o da safra 2010/2011.
A informação acima pode ser compreendida da seguinte forma: as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem são as temperaturas entre 18°C a 28° C, horas de molhamento foliar acima de 10 horas, tempo chuvoso e presença de orvalho por mais de 6 horas, condições que ocorreram com menor frequência na safra passada.
A considerar o que esta acontecendo nesta safra, até o momento, em termos de distribuição de chuvas (pouca chuva em algumas regiões), grande parte da soja já semeada estaria hoje com mais de 60 dias após a germinação e, portanto, nos estádios R3 e R4 . Com soja de ciclo curto (100 ha/110 dias), as estratégias para as aplicações de fungicidas devem considerar as questões relativas às condições de umidade mais favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem.