Segundo o relatório, os preços de soja física no Brasil não deverão acompanhar os picos em Chicago. Isso se dá por dois principais motivos: a oscilação do dólar no Brasil e o recuo de prêmios.
Com a entrada de nova safra recorde de soja no Brasil, a tendência é de prêmios cada vez menores, o que pode amortecer alguns movimentos de alta da soja no mercado internacional. Ou seja, para o produtor que segura a soja de olho nas altas de Chicago, um dólar em queda e prêmios menores podem dar menos rentabilidade mesmo com a soja acima de US$10,00.
A partir de agora, o mercado se volta para o relatório de intenções de plantio nos EUA durante março. Oscilações no preço podem ser sentidas também com variações no ritmo e destino da demanda.
A expectativa é de leve aumento nas intenções de plantio no relatório do dia 31 de março e, também, de que o Brasil e Argentina dominem as exportações de março em diante. Com isso, a possibilidade de novo recuo rumo à baixa do patamar recente de preços (US$9,50 soja maio) é bastante real.
A soja novembro vem ganhando terreno contra o milho para dezembro. Isso está mandando a mensagem errada ao produtor americano, encorajando-o a plantar mais soja, mesmo com estoques americanos e globais enormes.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) começa a entrevistar produtores nesta sexta, dia 27, para saber a expectativa da área de plantio que será divulgada no relatório de março. É importante que a relação de preços entre milho e soja retorne para a abaixo de 2,3:1 o quanto antes ou a área de soja poderá ser ainda maior que esperada nos EUA este ano.
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