Os pecuaristas do sul do país recorrem às pastagens de inverno, quando chega o frio, para alimentar o gado sem elevar muito os custos de produção. Com o manejo correto, uma área plantada com aveia permite até três pastejos durante os meses de inverno, com sobra de matéria orgânica para a próxima cultura. A altura ideal para entrar com os animais é de 25 a 30 centímetros e a retirada do gado deve ser feita com dez centímetros.
– A aveia tem uma boa digestibilidade, mas ela acaba não substituindo 100% do milho. Nós gostamos que ela substitua de 30, a 40% do milho. – elucida o zootecnista João Ricardo Ronchesel.
• Feno pode ter diversas origens, mas exige cuidados especiais
Na lavoura, a produtividade do grão é de 45 a 50 sacas por hectare e o valor da saca gira em torno de R$300. Mas a aveia atende à pecuária também como forrageira de inverno.
– Deve ficar em torno de R$35 a arroba o custo aqui. O confinamento vai em torno de R$80 e R$90. A aveia é uma carne barata. – explica o gerente de fazenda Paulo Macari.
Na fazenda gerenciada por Macari, o gado teve um ganho de peso médio de 800 gramas por dia, com um custo bem menor em relação ao confinamento. Nesta propriedade, formam-se anualmente 500 hectares de pasto com a gramínea. Os animais entraram no piquete 30 dias depois do plantio e ficaram na área por 70 dias, entre maio e agosto.
A aveia pode ainda ser uma boa fonte de feno. Na propriedade de Martinho Krüger, no município de Mamborê (PR), são 12 hectares destinados à produção anual do volumoso. O produtor explica que para gerar um feno de qualidade é preciso respeitar o ponto de corte, que variam entre a chamada fase de emborrachamento até a abertura dos cachos. A produção anual de aproximadamente três mil fardos de 15 quilos vai para as vacas de leite da propriedade:
– Me socorre na alimentação do gado leiteiro e é interessante porque é fonte de fibra e proteína também. – conta Krüger.
Confira a reportagem completa do Rebanho Gordo: