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Bloqueios de caminhoneiros seguem no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina

Polícia Rodoviária Federal divulgou nota na noite de domingo informando que paralisações diminuíramApesar de ter diminuído, a greve dos caminhoneiros, em protesto contra o aumento do diesel e a falta de valor mínimo do frete, chega ao 13º dia nesta segunda, 2, com intensidade na Região Sul. 

Fonte: Thiago Silva/ Jornal A Folha Sinop

A Polícia Rodoviária Federal do RS informou, às 10h, que há boqueio em pontos das BRs-116, 158, 153 386, 392, 285, 468 e 472. Já em Santa Catarina, por volta das 6h, a greve atingia a BR-163 (altura de São José do Cedro, de Guaraciaba e de Guarujá do Sul) e a 282 (trevo de Maravilha, São Miguel do Oeste e Pinhalzinho). A PRF anunciou também paralisações em rodovias estaduais de São Paulo e Mato Grosso do Sul e na BR-163, em Mato Grosso e no Paraná.

A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento, ressaltou que o trabalho dos policiais “continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população e a normalidade da atividade econômica”. De acordo com ela, os policiais rodoviários federais permanecem no monitoramento da rodoviais com o apoio integrado de militares da Força Nacional e das polícias estaduais.

Na noite de ontem, dia 1º, a PRF comunicou que nenhuma rodovia federal apresentava “interdição total” depois das 18h30min no país, mas detectou interdições parciais em 12 pontos, sendo 10 no Estado catarinense e duas em Mato Grosso. Desde a manhã de ontem, rodovias de Paraná, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Bahia também apresentaram bloqueios durante o dia. Em São Paulo, caminhoneiros paralisaram duas faixas da Marginal Pinheiros no começo da tarde.

De acordo com coordenador do Comando Nacional dos Transportes, Ivar Schimdt, os bloqueios devem ser retomados em todos os Estados que registraram paralisação na última sexta. A orientação é que os caminhoneiros façam a greve nos acostamentos. Os grevistas estão abordando os caminhoneiros que estão em trânsito para convidá-los a aderir ao movimento.

CNTA sugere tabela de fretes

O movimento dos caminhoneiros reivindica um novo reajuste no diesel, cujo valor foi elevado pelo governo federal este ano, e preços de referência para o frete. De acordo com a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), apesar de o valor do frete ser regulado pelo mercado, “caminhoneiros prestam um serviço de interesse público”, portanto o governo deveria dar ênfase aos pedidos da categoria.

A entidade apresentou uma proposta em que veículos leves pagariam R$ 1,43 por quilômetro; caminhões 3/4, R$ 1,85/Km; toco, R$ 2,12/Km, truck, R$ 2,36/Km; carreta simples, R$ 3,62/Km; carreta LS, R$ 4,52/Km; bi-trem, R$ 5,71/Km; e rodo-trem, R$ 7,15/Km, sendo esses valores livres de carga/descarga e pedágio. A CNTA destaca que é possível reduzir o preço do diesel, diminuindo a carga tributária sobre o combustível, mas o governo federal já deixou claro que não adotará essa medida.

Sábado trágico

Rio Grande do Sul intensificou a mobilização após a morte do caminhoneiro Cléber Adriano Machado Ouriques, 38 anos, que morreu na manhã de sábado, dia 28, depois ser atropelado na BR-392, em São Sepé, região central do Estado. Ouriques participava da manifestação quando foi atingido por um caminhão que furou o bloqueio. Segundo a PRF, o motorista não parou e fugiu sem prestar socorro à vítima.

No sábado, 30 pontos foram bloqueados em 17 estradas federais do Brasil. Na quinta, dia 26, quando eram 88 os pontos de interdição, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou multas entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por hora para os caminhoneiros que continuassem obstruindo as estradas.

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