Burocracia deve dificultar implementação do novo Código Florestal, diz Kátia Abreu

Presidente da CNA defendeu que legislação precisa ficar mais próxima do entendimento da maioriaEm entrevista exclusiva ao programa Estúdio Rural exibido nesta quarta, dia 28, pelo Canal Rural, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), falou sobre o novo Código Florestal Brasileiro. Ela afirmou que nenhuma lei é perfeita e agrada a todos, mas que a legislação precisa ficar o mais próximo possível do entendimento da maioria.

De acordo com Kátia, a burocracia vai ser muito mais prejudicial à implementação do novo Código Florestal do que os produtores rurais.

– O produtor está disposto a sair da irregularidade, para organizar a sua vida – disse.

Um dos pontos mais polêmicos é a discussão em relação à recuperação do desmatamento irregular. Segundo Kátia, um ponto do novo texto do Código Florestal que ficou em desacordo com os produtores rurais foi a impossibilidade de consolidar toda a produção de alimentos nas margens dos rios.

– A nossa ideia seria consolidar o que temos hoje e daqui para frente zero, não pode mais desmatar. Porque isso vai reduzir a área de alimentos e sem indenização – afirma Kátia.

Com o novo texto do Código Florestal, de cinco metros, a margem nas encostas de rios passa para 10 metros. De acordo com a senadora, o produtor fez sua lavoura com margem menor porque cumpria a lei da época e agora precisa adaptar a sua propriedade com recursos próprios.

– Isso me traz preocupação principalmente pelos pequenos e médios, porque para o grande produtor não faz diferença – aponta a senadora.

O novo texto do Código Florestal foi aprovado no Plenário do Senado Federal dia 6 de dezembro e está em processo de análise na Câmara dos Deputados, com votação marcada para 2012.

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Assista à entrevista de Kátia Abreu no Estúdio Rural: