De acordo com Kátia, a burocracia vai ser muito mais prejudicial à implementação do novo Código Florestal do que os produtores rurais.
– O produtor está disposto a sair da irregularidade, para organizar a sua vida – disse.
Um dos pontos mais polêmicos é a discussão em relação à recuperação do desmatamento irregular. Segundo Kátia, um ponto do novo texto do Código Florestal que ficou em desacordo com os produtores rurais foi a impossibilidade de consolidar toda a produção de alimentos nas margens dos rios.
– A nossa ideia seria consolidar o que temos hoje e daqui para frente zero, não pode mais desmatar. Porque isso vai reduzir a área de alimentos e sem indenização – afirma Kátia.
Com o novo texto do Código Florestal, de cinco metros, a margem nas encostas de rios passa para 10 metros. De acordo com a senadora, o produtor fez sua lavoura com margem menor porque cumpria a lei da época e agora precisa adaptar a sua propriedade com recursos próprios.
– Isso me traz preocupação principalmente pelos pequenos e médios, porque para o grande produtor não faz diferença – aponta a senadora.
O novo texto do Código Florestal foi aprovado no Plenário do Senado Federal dia 6 de dezembro e está em processo de análise na Câmara dos Deputados, com votação marcada para 2012.
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Assista à entrevista de Kátia Abreu no Estúdio Rural: