Um terço da bancada ruralista quer mudanças em pelos menos 29 pontos do projeto. É que as restrições ao plantio em Áreas de Preservação Permanentes (APPs), segundo eles, reduziriam o PIB do agronegócio em R$ 200 bilhões. E o provável veto da presidente Dilma Rousseff a novas flexibilizações não preocupa.
– Se nós continuarmos pensando dessa maneira, é um modelo venezuelano. Nós estamos no Brasil, com todo o respeito ao executivo, mas cada um no seu quadrado, ela lá como presidente e nós como legislativo. Não venham nos impor regras e ditar o que vai ser feito aqui – aponta o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Já os deputados que integram a base do governo defendem a aprovação do projeto como está.
– É o meio possível. Vai ter dificuldade para os pequenos e para os grandes. Mas com um pouco de sacrifício de todos conseguimos chegar. O que veio do Senado é a negociação possível – relata o deputado federal Assis do Couto (PT-PR).
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota pedindo que a Câmara dos Deputados conclua a votação do Código Florestal ainda em 2011. De acordo com a entidade, a nova legislação dará segurança jurídica aos produtores rurais, a fim de que eles continuem colaborando para o crescimento da economia brasileira.
Infográfico: Confira os dois lados do relatório
do Código Florestal aprovado no Senado