De acordo com a Ecovias, empresa que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, o protesto dos caminhoneiros complicou a descida de carros pela Pista Sul da Via Anchieta, que ficou congestionada entre os quilômetros 63 e 64.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a interrupção ocorre no trecho entre os pátios de triagem, onde chegam os caminhões com agendamento, e os terminais de cargas. Com o bloqueio, os caminhões não estão deixando os pátios para seguir até os terminais, onde seria realizado o desembarque dos grãos.
Entretanto, a Codesp informou que, por enquanto, não foram observados problemas no embarque de soja, uma vez que os terminais de grãos instalados ao longo do cais, encontram-se abarrotados e seguem o agendamento feito por ordem de chegada dos graneleiros.Se as manifestações de protesto nas estradas prosseguirem por mais tempo, sobretudo na região Centro-Oeste, de onde procede a soja, o impacto poderá ser sentido, já que a safra de grãos está apenas começando.
O fluxo de embarques é considerado normal nesta terça, com a previsão de um carregamento de 1,17 toneladas de soja a granel, que deve ser distribuída entre os navios atracados no Porto de Santos até 3 de março.
O protesto é mais uma manifestação de apoio ao movimento que avança pelas estradas do país. Os caminhoneiros protestam contra o preço do diesel e a cobrança de pedágio por eixo suspenso dos caminhões, medida que começou a vigorar em 2013 e que influiu diretamente sobre o valor do frete que, segundo os caminhoneiros, diminuiu os ganhos da categoria.