A polícia rodoviária federal monitora os manifestantes por terra nos principais pontos de concentração. Um helicóptero da Força Nacional de Segurança acompanha por ar o movimento dos caminhoneiros.
Em Mato Grosso, os caminhoneiros voltaram a bloquear as rodovias. Os produtores de soja estão preocupados com a colheita e escoamento da safra. Contudo, os bloqueios estão concentrados nos três estados da região Sul.
No Paraná, caminhoneiros que não conseguem continuar viagem por causa das interdições estão parados em postos de combustíveis, sem previsão para sair. Em Santa Catarina, houve confronto com a Polícia Rodoviária Federal em Cunha Porã e um carro foi queimado.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul houve bloqueios na região de Bom Progresso, Sede Nova, Humaitá e Três de Maio. Em Ijuí, um carro cheio de pneus foi incendiado. A BR-285 ficou bloqueada por duas horas. Deputados gaúchos receberam lideranças dos caminhoneiros e se comprometeram a intermediar as negociações com o governo federal e o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, garantiu melhorias na malha rodoviária estadual.
– Já estamos com manutenção em todo o estado, já estamos com uma ação de tapa buracos, vamos fazer esse ano a manutenção das estradas para deixar em condições de trafegabilidade e terminar as que foram iniciadas. Não vamos iniciar nenhuma outra rodovia sem pelo menos o tema de casa, que é mantê-las com a mínima condição – prometeu o secretário.
Enquanto isso, os problemas no campo se agravam.
– O mais grave é no leite, há uma dificuldade muito grande de se entregar a produção. O setor de aves e suínos não conseguem retirar os animais das suas propriedades e falta ração. O setor de hortigranjeiros também tem dificuldade de fazer a entrega nos centros consumidores – enumera o tesoureiro da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag-RS), Sérgio de Miranda.
Mesmo diante de tantos prejuízos, a Federação não está surpresa com a adesão dos produtores rurais ao movimento.
– Eles também sofrem com os aumentos da energia elétrica, com os aumentos dos combustíveis, especialmente do óleo diesel e é por isso que muitos agricultores estão também na rua fazendo protesto junto com os transportadores – analisa Miranda.
Editado por Gisele Neuls.