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Chuvas retornam e freiam perdas nas lavouras de todo o país

Com o retorno das precipitações, a alta incidência de pragas deve diminuirAs chuvas retornaram para todas as regiões produtoras de soja do Brasil nesses últimos dias, freando as perdas que até então são bastante significativas em todo o Brasil. Na Bahia e no Piauí as perdas por causa da forte estiagem poderão chegar aos 30%, sendo que em muitas propriedades há lavouras com índices de perdas ainda maiores. O mesmo é observado em Goiás, onde as perdas chegam aos 20%. Já em São Paulo e Minas Gerais, o forte calor e a seca causaram perdas superiores aos 30%.

Muitas lavouras apresentam tamanho bem abaixo do normal e vagens com grãos mal formados e muito leves. O mesmo ocorro no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As perdas nessas localidades estão oscilando entre 10 e 15%. Já em Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Pará, a boa frequência de chuvas e, sobretudo, os bons volumes, proporcionaram condições ideais ao desenvolvimento das lavouras ao longo de toda a safra.

Mas com o término do bloqueio atmosférico e consequente avanço das frentes frias, os últimos dias foram com chuvas intermitentes, o que causa a paralisação da colheita em Mato Grosso, hoje em 38%. Ainda não há constatação de perdas, mas com a previsão de chuvas ao longo dos próximos 15 dias, as perdas por excesso de dias chuvosos irão aparecer por todo o Estado.

Para os próximos dias são esperadas mais chuvas em todo o Brasil, porém muitas dessas chuvas sobre as regiões Sul, Sudeste e Nordeste deverão vir na forma de pancadas, com maior abrangência. Mesmo assim, não serão suficientes para elevar os níveis de umidade do solo a patamares mais confortáveis.

Entretanto, essas chuvas irão paralisar as perdas e dar uma condição mais favorável ao desenvolvimento das lavouras em todo o Brasil. O grande problema ficará para Mato Grosso e Goiás que terão chuvas ininterruptas nessas próximas duas semanas, atrapalhando o pleno andamento da colheita e podendo afetar não só a produtividade, mas principalmente a qualidade dos grãos. Muitos produtores estão colhendo com teores de umidade acima dos 28% e, dessa forma, começaram a aparecer lotes com grãos ardidos.

As chuvas previstas para a segunda quinzena de fevereiro irão ser mais benéficas do que prejudiciais ao país, uma vez estancarão as perdas e melhorarão as condições ao desenvolvimento das lavouras de ciclo mais tardio. Outro fato importante é que com o retorno das chuvas a alta incidência de pragas deverá diminuir, favorecendo ainda mais o desenvolvimento das lavouras.

 

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