Os cientistas da SBPC apresentaram, pela primeira vez, um documento com críticas a 10 pontos do texto atual, em debate no Senado. As mudanças, segundo eles, podem trazer consequências negativas para o meio ambiente. Segundo o membro da SBPC, Ricardo Rodrigues, um dos aspectos fundamentais está relacionado com as áreas de preservação permanente.
? Existe um grande número de estudos, mostrando que a reestruturação dessas áreas é fundamental para que ela volte a cumprir os serviços do ecossistema da mata ciliar ? apontou Rodrigues.
Os cientistas acreditam que as contribuições da ciência estão mais próximas de serem levadas em consideração.
? O Senado está muito mais atento às questões ambientais e eu não tenho dúvida que várias dessas sugestões vão ser atentadas nessa votação ? afirmou o membro da SBPC.
Para o representante da Associação Brasileira de Ciências, Elíbio Rech, é fundamental que exista um pacto de desenvolvimento para o país.
? Esse pacto vai envolver um consenso entre o uso racional e sustentável da biodiversidade e a produção ? disse Rech.
O relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Vianna, afirmou que algumas das sugestões devem ser incorporadas ao texto. Vianna manteve ainda a promessa da realização de um relatório conjunto sobre o tema.
? Eu e o senador Luiz Henrique estamos trabalhando em conjunto e acredito que seja possível encontrarmos soluções aos desafios que a matéria do Código Florestal nos traz ? afirmou Vianna.
A expectativa é que o projeto seja votado na Comissão de Ciência e Tecnologia até o dia 20 de outubro.