Lideranças do Estado aproveitaram o espaço para fazer campanha junto ao governo. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, reconheceu as reivindicações locais.
– O Paraná ainda pode expandir muito e otimizar os meios de produção. E isso passa pela logística. As lideranças paranenses foram bem pontuais. Com embasamento técnico, buscaram mostrar o impacto das medidas do novo código no Estado – afirmou.
O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias, também mencionou que o programa de agricultura de baixo carbono continua com baixa adesão. Pelo menos R$ 740 milhões estão disponíveis aos agricultores.
– Ainda há baixa adesão. E, com a aprovação do Código Florestal, há linhas de crédito para pagar em até 15 anos para repor mata ciliar e mata nativa – avaliou.
Commodities e combate à fome
Entre outros temas, um especialista da agência Safras&Mercado defendeu a expectativa de que os preços das commodities devem cair em 2012. De acordo com pesquisas da agência, o consumo reservado dos norte-americanos, a crise na Europa, a estabilidade dos valores do petróleo, o aumento de área e o clima favorável na América do Sul contribuem para essa previsão.
Um dos palestrantes mais aguardados, o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação, Hélder Muteia, contou que a organização enxerga nos produtores e na pesquisa brasileira o caminho para erradicar a fome no planeta.
– O Brasil tem liderança na produção e na transferência de tecnologia em alimentos, e isso nos auxilia no combate à fome – explicou.
O papel de destaque é visto com otimismo pelo setor do agronegócio. Afinal, o aumento de produção de maneira sustentável, com a chancela da ONU, pode abrir as portas para novos mercados.