Presente nos bastidores das negociações em Brasília, o assessor da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Eduardo Condorelli, considera prematuro estimar a área que deixará de produzir no Rio Grande do Sul e calcular o significado econômico da legislação, mas sustenta que a repercussão será mínima.
– O impacto não será significativo. O Rio Grande do Sul será um dos menos atingidos – afirma o assessor.
Segundo Condorelli, no caso do Estado devem ser afetadas poucas áreas às margens de rios que hoje produzem dentro da metragem onde será exigida a recuperação da vegetação, além de pontos com inclinação acima de 45°. Mesmo que em escala reduzida, devem ser afetadas lavouras de arroz, soja, milho e pastagens destinadas à pecuária leiteira.
Também ativo nas discussões no Congresso, o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carlos Fernando Niedersberg, classifica como “ínfimo” o impacto do código no Rio Grande do Sul.
– No Estado não há muita coisa a ser regularizada. O positivo do Código é que dará segurança jurídica para o produtor porque, pelo Código vigente, 99% das propriedades tinham irregularidades – diz Niedersberg.
Para o gerente-geral do Instituto de Estudo do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), Rodrigo Lima, mesmo no Brasil o impacto não será grande na produção apesar da previsão de regenerar 30 milhões hectares.
– Recuperar 20 milhões de hectares em 10 anos já será majestoso – avalia Lima.
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