Representantes do setor, parlamentares e governo federal analisaram o futuro do café, a partir das alterações na nova legislação ambiental. O foco das discussões foi o plantio do grão no sul de Minas Gerais, Estado responsável por 51% da produção nacional.
? Existe um erro quando se coloca uma legislação posterior, colocando o agricultor na ilegalidade. Estamos mostrando que existe como deixar o agricultor permanecer na sua terra e expondo também o custo que seria a retirada dessas pessoas ? apontou o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo o conselheiro do Conselho Nacional do Café, Francisco Miranda, o pedido dos representantes do setor aos senadores é de que, se o novo Código Florestal não puder melhorar a cultura do café, deve permanecer como está.
De acordo com o Ministério da Agricultura, se o Senado fizer poucas alterações no texto do projeto, a segurança jurídica dos cafeicultores estará garantida.
? O que se aprovou na Câmara já traz tranquilidade aos agricultores, porque nós garantimos a produção daqueles que já se encontram instalados nas Áreas de Preservação Permanente e esse é o ponto que o Ministério da Agricultura defende ? disse o secretário de Energia e do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone.
A previsão é de que o Projeto de alteração do Código Florestal seja votado ainda neste mês na Comissão de Ciência e Tecnologia. Depois de passar pelas comissões, a proposta será avaliada pelo Plenário do Senado.