Levantamento do jornal Zero Hora indica que ao menos 12 dos 16 integrantes da Comissão de Agricultura são favoráveis ao texto substitutivo de Luiz Henrique. No caso da Ciência e Tecnologia, nove concordam com o texto. A próxima etapa, prevista para o dia 16, será passar pela Comissão de Meio Ambiente. Depois, o relatório deve ser votado no plenário do Senado dia 22. É provável que o texto tenha de voltar à Câmara antes de ser finalmente sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
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Apesar de ter assumido a relatoria sob desconfiança de ambientalistas e governo, Luiz Henrique avalia ter chegado o mais perto possível do consenso.
? Estabelecemos um grande diálogo. Além de audiências pelo país, negociamos com diversas representações: Ministério Público, Judiciário, cientistas, pequenos agricultores e megaempresários do agronegócio. Com isso, conseguimos operar um processo de convergência.
Mesmo com concessões a ambientalistas, segmento mais crítico ao texto aprovado na Câmara, permanecem reivindicações de ativistas por alterações na proposta. O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável iniciou nessa segunda, dia 7, vigília com debates transmitidos pelo site #florestafazadiferenca. A página ganhou notoriedade com a campanha para mudanças no Código que reuniu celebridades como a modelo Gisele Bündchen e o cineasta Fernando Meirelles. A maratona de esclarecimento, como também é chamada a iniciativa, prossegue nesta terça com o acompanhamento da votação nas comissões.
? Ainda é um pouco incerto, mas esperamos que algumas emendas sejam discutidas e acatadas no projeto ? diz a ativista Marussia Whately, uma das coordenadoras do comitê.