Vitor Geraldo Gaiardo é engenheiro eletricista, mas como ele mesmo diz, nasceu com um pé na terra e, desde que saiu de Erexim, no Rio Grande do Sul, para tocar a vida no Centro-Oeste, trabalha com lavoura. Nesta safra plantou 1.950 hectares de soja. Na safrinha, 70 % da área será de milho e sorgo. Cansado com alguns problemas que vinha tendo na hora de guardar a safra, há três anos construiu o próprio armazém.
– Se todos pudessem guardar 40% do que é produzido, mudaria a forma de comercializar a produção – diz.
Financiar uma estrutura como esta ainda é preocupação entre o setor. Há uma linha específica com juros de 5,5% ao ano, mas pouco acessada. Agora, a Aprosoja Brasil e a Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura preparam uma proposta para, de fato, incentivar a armazenagem na propriedade rural.
Mas antes de lançar um projeto de construção de armazém próprio é preciso avaliar a viabilidade, principalmente em propriedades rurais menores.
– O mínimo são 10 mil hectares, e dá alternativas de associação entre produtores em situação de área inferior – explica Fabrício Rosa, diretor executivo da Aprosoja Brasil.