Manejar plantas daninhas é administrar problemas. Elas competem por água, luz, nutrientes e espaço, hospedam pragas e doenças, impactam na qualidade do produto final e ainda dificultam as operações na cultura principal.
Para controlar plantas daninhas, os herbicidas são excelentes estratégias. Porém, precisamos adotar um herbicida que seja eficiente no controle, mas que não cause maiores danos para a cultura de interesse. Para isso temos os herbicidas seletivos.
Amplamente utilizados na agricultura, todo herbicida seletivo precisa apresentar algumas características fundamentais que controlam as plantas daninhas, mas não comprometem a eficiência produtiva da cultura principal.
Herbicidas: produtos químicos que combatem plantas daninhas
Na agricultura, os herbicidas são agentes biológicos ou substâncias químicas que têm a capacidade de matar ou suprimir o crescimento de espécies específicas de plantas.
Os herbicidas mais comuns são as substâncias químicas. Elas se dividem em orgânicas, que envolvem a maioria dos herbicidas utilizados atualmente, ou inorgânicas, que compreendem produtos utilizados para controle de plantas daninhas no passado, como o NaCl (cloreto de sódio) e o H2S04 (ácido sulfúrico).
Para que seja realmente eficaz, todo herbicida aplicado nas folhas de plantas daninhas deve:
- Ser facilmente retido pela folhagem;
- Penetrar/ultrapassar a cutícula das folhas;
- Mover-se nos espaços com água ao redor da célula;
- Entrar na célula, passando através da membrana celular;
- Atingir o local de ação, que geralmente é uma enzima;
- Ligar-se à enzima-alvo com potencial de inibi-la.
Além dessas características, os herbicidas devem, preferencialmente, controlar as plantas daninhas com boa eficiência. Mas o recomendável é que não causem efeitos deletérios drásticos à cultura agrícola principal que está sendo cultivada, como é o caso dos herbicidas seletivos, como veremos a seguir.
Herbicidas seletivos: item obrigatório na pré e pós-emergência da cultura principal
Dentre os herbicidas mais adotados na agricultura, o herbicida seletivo é bastante comum. Ele é capaz de controlar as plantas daninhas sem causar danos deletérios à cultura de interesse, como por exemplo a soja, após sua aplicação.
Dentro dos posicionamentos de aplicação dos herbicidas, a seletividade é item obrigatório quando se trata de produtos com aplicação sobre determinada cultura de interesse PRÉ emergente e/ou PÓS emergente.
Dessa forma, existem produtos que são usados em PRÉ emergência da soja e produtos usados em PÓS emergência da soja.
Vale ressaltar ainda que a seletividade não é um processo simples, visto que muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos e precisam ser considerados. Além disso, os herbicidas podem ser seletivos para combater plantas daninhas em uma cultura e não seletivos para outra.
Características de um bom herbicida seletivo na pré-emergência
Como dito, um bom herbicida seletivo apresenta algumas características específicas que precisam ser consideradas. No caso específico para um pré-emergente as características principais são:
- Ser seletivo para cultura, entretanto, não pode causar danos deletérios que resultam em perdas de produtividade;
- Ter amplo espectro de controle de espécies de plantas daninhas presentes na área em que há a cultura principal;
- Proporcionar um longo residual de controle;
- Que seu uso seja ambientalmente seguro;
- Permitir flexibilidade no seu uso, como mistura com outros ingredientes ativos a fim de mitigar a resistência de plantas daninhas;
- Flexibilidade na aplicação seguindo o recomendado pela legislação;
- Ser estável e que não ocorra sua retenção em palhada;
- Ter uma formulação avançada, mas que seja de fácil manuseio;
- Ser toxicologicamente seguro ao ser humano e sem riscos de segurança alimentar;
Além dessas características, o herbicida seletivo deve possuir um programa de stewardship fundamentado em uma empresa sólida.
Herbicida seletivo de pré-emergência da soja: qualidade e eficiência
A seletividade de um bom herbicida em pré-emergência da soja depende de todos os fatores acima mencionados e estes precisam ser considerados na escolha do melhor produto.
Neste cenário, o agricultor tem à sua disposição uma excelente tecnologia que tem ação seletiva no combate de plantas daninhas sem comprometer a produtividade da soja.
Esta tecnologia destaca-se por seu controle em pré-emergência, de plantas daninhas resistentes, sendo folhas largas e gramíneas, sendo um excelente herbicida seletivo para a cultura da soja, com longo residual e com alto potencial de seletividade.
Seu mecanismo de ação ocorre através da inibição de ácidos graxos de cadeia longa (VLCFA), sendo único no grupo de Isoxazolina e inibição da enzima PROTOX, o que, além de permitir largo espectro de ação, proporciona o controle de espécies hoje resistentes: como: Digitarias spp., buva e capim pé-de-galinha na cultura da soja.
O produto é recomendado para aplicação em pré-emergência das plantas infestantes na semeadura da cultura da soja.
Quer receber mais conteúdos sobre soja? Cadastre-se!
Conteúdo Patrocinado