O Triângulo Mineiro constitui uma região de enorme importância para a agropecuária brasileira: atualmente, a área é uma grande produtora de grãos, carne, leite, café e açúcar, desempenhando papel fundamental no avanço econômico e na segurança alimentar do país.
Porém, para que esse rico território de Minas Gerais continue se desenvolvendo, é fundamental que práticas sustentáveis sejam adotadas para proteger a natureza local, que fornece elementos essenciais para a produção rural.
Com foco nessa questão, a Cargill, o Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e o Sindicato Rural de Uberlândia estão realizando um projeto que oferece, aos produtores do Triângulo Mineiro, assistência técnica e materiais para recuperação de pastagens, conservação do solo e recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) da região.
O objetivo da ação é criar um cenário de perfeita integração entre lavoura, pecuária e floresta, possibilitando que a evolução e a rentabilidade da agropecuária na área entrem em harmonia com a preservação ambiental.
Assistência ao produtor rural
A Cargill irá mapear os agricultores, checar se estão dentro do Cadastro Ambiental Rural (CAR), assessorá-los em suas necessidades de adequação ambiental e ajudá-los na restauração dos terrenos, na adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono e no uso consciente dos recursos naturais.
Os produtores receberão, por exemplo, insumos e mudas para recuperação de pastagens, com a meta de gerar um sistema de agropecuária regenerativa e garantir produtividade e ganhos econômicos de longo prazo para todos.
“Neste primeiro momento, queremos atender a cerca de 200 produtores e estabelecer, inicialmente, 3 mil hectares de recuperação de pastagens e 1.200 hectares para restauração de mata ciliar de Áreas de Preservação Permanente”, detalha Raphael Hamawaki, coordenador de Sustentabilidade da Cargill.
“Esperamos que, a cada 2 hectares recuperados de pastagem, possamos recuperar 1 hectare de mata nativa nas zonas de APPs do rio Tijuco”.
O foco no rio Tijuco tem sua razão de ser: a Cargill vê com preocupação a degradação da vegetação natural nas margens desse curso d’água (um dos mais importantes do Triângulo Mineiro) e de seus afluentes, classificadas como Áreas de Preservação Permanente.
Vale lembrar que, conforme definição da lei nº 12.651/2012, Área de Preservação Permanente é uma área protegida com a função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
A degradação das matas ciliares do Triângulo Mineiro pode trazer inúmeros prejuízos para a agropecuária da região, causando, por exemplo, assoreamento, erosão das margens dos rios, circulação de substâncias poluidoras na água e deterioração do solo.
“O apoio da Cargill neste projeto promoverá a recuperação de áreas degradadas importantes para conservação dos recursos naturais do Triângulo Mineiro, ao mesmo tempo em que contribuirá para a implementação do Código Florestal e a regularização das propriedades rurais”, diz Raphael Hamawaki.
Produtores rurais e sustentabilidade: aliados da causa
Fruto da parceria entre a Cargill, o Sistema Faemg e o Sindicato Rural de Uberlândia, o projeto de recuperação de pastagens e recomposição de Áreas de Preservação Permanente tem encontrado verdadeiros aliados entre os produtores rurais do Triângulo Mineiro.
“Como o Sindicato Rural de Uberlândia já atua com a filosofia de sustentabilidade, os produtores rurais da região veem com interesse e simpatia a nossa iniciativa”, informa a Cargill.
“O produtor sabe que a recuperação e preservação da natureza da área é benéfica para o seu negócio, seja nas pastagens de gado ou no plantio de grãos. Há muitos produtores, inclusive, que já atuam na recuperação das pastagens. Mas agora, com a nossa parceria, todos são incentivados a dar um passo a mais, combatendo, por exemplo, as ações que levam ao assoreamento dos rios”.
O Sistema Faemg, por sua vez, reforça a importância desse projeto no Triângulo Mineiro.
“Falar de recuperação de pastagens e de restauração de áreas de preservação legal é muito pertinente”, diz Caio Oliveira, gerente regional do Sistema Faemg em Uberaba. “A base da pecuária de corte e de leite é feita com boi a pasto. E nós temos muitas pastagens com características de degradação. Por isso, é fundamental promover a recuperação e o incremento da qualidade desse ambiente, proporcionando equilíbrio ao ecossistema produtivo, garantindo a preservação das espécies vegetais, da água e o atendimento à legislação ambiental”.
Atualmente, o projeto está focado na área do Alto Paranaíba do Triângulo Mineiro, cujas principais cidades são Uberaba e Uberlândia.
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