Os produtores de algodão sabem que controlar o bicudo-do-algodoeiro é fundamental para o sucesso da safra. Sabem também que a missão não é fácil e depende do monitoramento constante e acompanhamento técnico especializado.
É a partir de informações precisas que o plano é traçado com o objetivo de reduzir os custos e aumentar a produtividade. Chegar ao resultado positivo dessa equação passa por rotacionar fórmulas já utilizadas com um produto que tenha um efeito de choque e residual prolongado. Essa combinação é indispensável para o combate a essa praga.
O perigo da resistência
Cerca de 90% das aplicações utilizadas na lavoura de algodão para o controle do bicudo do algodoeiro tem o mesmo grupo químico, princípio ativo e modo de ação. Um risco muito grande, pois, a longo prazo, essa ação exercerá uma pressão de seleção podendo levar ao desenvolvimento de populações resistentes e causando perdas irreversíveis aos agricultores.
Num passado não muito distante, a alta incidência dessa praga e a dificuldade de controle deslocou lavouras de algodão do Nordeste, do Sul do Brasil (Paraná) e da região Sudeste (São Paulo) para os estados do Centro-Oeste.
Nos Estados Unidos, houve uma grande mobilização, que envolveu produtores, associações e até o governo com o objetivo de erradicar a praga. Auxiliados pelo período de nevasca, os produtores americanos conseguiram afastar de vez a ameaça.
Rotacionamento é a solução
O controle da praga que ameaça a sanidade de uma cultura tão importante para a economia mundial foi motivo de incansáveis estudos e pesquisas. A conclusão, após sucessivos testes em campo, aponta na mesma direção: a necessidade do uso de um defensivo com efeito de choque e residual prolongado.
O produto com essas características é fundamental, desde que seja utilizado de forma rotacionada, conforme citado anteriormente, com outros princípios ativos e diferentes modos de ação. Essa combinação minimiza o risco de resistência do inseto e facilita seu controle. Uma ação eficiente não só contra o bicudo, mas que também defende a lavoura de outras pragas como o pulgão, o percevejo e a mosca-branca que causam prejuízos significativos aos produtores rurais e afetam a qualidade da pluma produzida.
Outras ações
Prevenir a lavoura contra o inseto passa também por métodos tradicionais, como a utilização de armadilhas para captura de indivíduos adultos e a destruição de soqueiras e plantas tiguera. Eliminar as plantas daninhas (hospedeiros) e fazer o plantio sempre dentro da janela também são ações realizadas por agricultores de sucesso do setor algodoeiro. Ações que afastam a ameaça da ocorrência do inseto, protegem as propriedades e são fundamentais para uma safra produtiva e de qualidade.
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